EVENTOS E SIMULADOS

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Simulados de emergência

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Faltam quartéis de bombeiros em muitas cidades brasileiras





São lugares onde não existem quartéis do Corpo de Bombeiros. Eles fazem muita falta em milhares de cidades pelo país.

                                            Imagem: Reprodução TV Globo
Incêndios, acidentes ou situações de emergência – milhares de cidades brasileiras têm de esperar o socorro vir de longe. São lugares onde não existem quartéis do Corpo de Bombeiros. Eles fazem muita falta. Ninguém quer chamá-los, mas também ninguém quer morar num lugar onde eles não estejam por perto. Quem precisou dos bombeiros e teve de aguardar a chegada da ajuda sabe bem o drama que isso representa.
O Maranhão tem um bombeiro para cada cinco mil habitantes, quando a ONU recomenda um para cada mil pessoas. Eles estão em apenas três dos 217 municípios. Também falta equipamento.
“É normal. É aquela história: a viatura é muito cara. Custa em torno de R$ 600 mil e uma ambulância, R$ 200 mil. Então, fica difícil um investimento como esse. Você sabe que nós estamos em um estado pobre”, afirmou o tenente-coronel Marcos Veras, do Corpo de Bombeiros do Maranhão.
Em vários estados a situação é parecida. Em Minas Gerais, 801 municípios estão sem grupamento de bombeiros; no Paraná, 349; em Goiás, são 215; e em São Paulo, 506 cidades sem batalhões. Mais da metade dos moradores que formam a região metropolitana de São Paulo não tem Corpo de Bombeiros. Carapicuíba, com 400 mil habitantes, é um deles.
A ajudante de produção Samária da Silva precisou, mas a ajuda chegou tarde demais. A casa onde morava foi consumida pelo fogo. “Se os bombeiros viessem, eles tinham ajudado a gente a salvar muitas coisas”, comentou.
Em outro incêndio, os bombeiros demoraram tanto para chegar que os vizinhos é que socorreram. Eles subiram em uma construção e usaram a água da caixa d’água para apagar o fogo.
Na cidade de Taboão da Serra, também na Grande São Paulo, quatro pessoas morreram em outro incêndio. A cabeleireira Ivone da Silva e a filha conseguiram ser resgatadas – pelos vizinhos. Os bombeiros vieram da vizinha Itapecerica.
“[Os vizinhos] enfrentaram lá os policiais, que não deixavam ninguém se aproximar da casa. Disseram que se alguém chegasse na casa, as pessoas iriam morrer também”, comentou a cabeleireira Ivone da Silva.
Em nota, o Corpo de Bombeiros de São Paulo disse que tem unidades instaladas em cidades onde moram 33 milhões de pessoas, o que corresponde a 80% da população do estado, e que o tempo para atender a chamadas onde faltam batalhões é de 11 minutos e 25 segundos.
No estado de São Paulo, por lei, a tarefa de construir novas sedes para os bombeiros é dos municípios. “É dever e responsabilidade do estado fornecer pessoal e uniformes, e ao município responsabilidade como compras de combustíveis e instalação do Corpo de Bombeiros”, afirma Karina Kufa, representante da Comissão de Direito Administrativo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP).
Os bombeiros de São Paulo levam, em média, 11 minutos para chegar até o local de uma ocorrência. Mas às vezes leva bem mais, principalmente por causa do trânsito na região metropolitana. Para quem precisa de socorro, isso é literalmente o tempo de uma vida.
Fonte: G1.com.br

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